Abstract
Professor de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo (USP) e autor dos livros Alegoria: construção e interpretação da metáfora, A sátira e o engenho — Gregório de Matos e a Bahia do século XVII, O o — A ficção da literatura em Grande sertão: veredas, dentre outros, João Adolfo Hansen reflete sobre os limites da literatura, as crises políticas, memória, biografia e a vida das plantas. Nesta conversa, Hansen recupera o papel político do professor na acepção mais ampla do termo: o professor que, através do turno da noite lidou com a realidade brasileira de textos, dentre outros, os de Machado de Assis, Graciliano Ramos e Drummond em interpretações nos limites da experiência dos estudantes. Ao mesmo tempo, ele faz incursões em obras e autores das mais diversas épocas: de Dante a Beckett, da poética e dos tratados retóricos a Salambô, Michel de Certeau ou Foucault. A generosidade e a memória de João Adolfo Hansen nos convida a pensar no papel do professor de literatura aquém e além dos muros da universidade.